Caso P.Diddy: entenda tudo o que aconteceu até agora no julgamento do rapper
Sean ‘Diddy’ Combs é acusado de tráfico sexual, extorsão e abuso físico, com processo baseado em alegações de sua ex-namorada, Cassie Ventura

Redação Exame
Publicado em 9 de junho de 2025 às 13h07.
Última atualização em 9 de junho de 2025 às 13h16.
O julgamento de Sean “Diddy” Combs, magnata do hip-hop e empresário, começou em maio deste ano em um tribunal federal de Manhattan, Nova York, onde ele enfrenta acusações de tráfico sexual, extorsão, conspiração e transporte para fins de prostituição.
O caso ganhou grande repercussão após a ex-namorada do rapper, a cantora Cassie Ventura, entrar com um processo contra ele em novembro de 2023, alegando estupro, abuso físico e controle psicológico durante os 11 anos de relacionamento.
Cassie prestou mais de 20 horas de depoimento detalhado, descrevendo episódios de violência e práticas sexuais degradantes, incluindo festas sexuais organizadas por Diddy, chamadas de “freak offs”, frequentemente regadas a drogas e com registros em vídeo.
Seleção do júri e início do julgamento
A seleção do júri começou no início de maio e o julgamento propriamente dito começou no dia 12 de maio, com declarações iniciais da acusação e da defesa.
A promotora Emily Johnson lidera a acusação, que afirma que Combs transformou seu império musical em uma organização de extorsão que permitia e ocultava abusos sexuais contra mulheres por mais de duas décadas.
A defesa, comandada pelo advogado Marc Agnifilo, argumenta que todas as atividades sexuais foram consensuais e que o rapper não cometeu crimes.
Testemunhas e depoimentos-chave
Durante as semanas seguintes, diversas testemunhas foram ouvidas. Entre elas, a ex-assessora Capricorn Clark, que confirmou uma conspiração para matar o rapper Kid Cudi, motivada por ciúmes relacionados à cantora Cassie.
Clark também relatou episódios de comportamento violento e ameaças feitas por Combs, incluindo um incidente em que ele teria ido armado até a casa de Kid Cudi para intimidá-lo.
Outra testemunha importante, que depôs sob o pseudônimo de “Jane”, relatou maratonas sexuais regadas a drogas nas quais Combs a pressionava a continuar mesmo quando ela demonstrava sinais claros de cansaço e desconforto. Segundo ela, o rapper ignorava seus apelos para interromper os atos e a repreendia por chorar após os encontros.
Consequências legais e possível pena
Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, se declarou inocente de todas as acusações. Caso seja condenado, pode pegar uma pena que varia de 15 anos até prisão perpétua.
O julgamento, que deve durar várias semanas, tem sido acompanhado de perto pela mídia e pelo público, dada a notoriedade do réu e a gravidade das denúncias.