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Argentina recebe primeira parcela de novo empréstimo de US$ 20 bilhões do FMI

País recebeu hoje US$ 12 bi, equivalente a R$ 70 bilhões, que vão reforçar as reservas do banco central argentino em meio às mudanças no câmbio do país

Agência o Globo
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Publicado em 16 de abril de 2025 às 08h24.

Última atualização em 16 de abril de 2025 às 08h25.

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A Argentina recebeu na terça-feira, 15, US$ 12 bilhões (R$ 70 bilhões), correspondentes à primeira parcela do seu acordo mais recente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O desembolso representa um voto de confiança no programa econômico do presidente argentino, Javier Milei. As ajudas do FMI e de outros órgãos multilaterais ao país somam US$ 42 bilhões (R$ 246,5 bilhões).

A finalidade do empréstimo é reforçar as reservas do Banco Central argentino, que se aproximam, agora, de US$ 37 bilhões (R$ 217 bilhões). O desembolso chega um dia após o governo argentino levantar o controle cambial, que vigorava há seis anos.

O esquema anterior fez o câmbio quintuplicar e impulsionou o mercado paralelo. O novo mecanismo implica uma flutuação da moeda segundo a oferta e a demanda, com um piso de 1.000 pesos por dólar americano e um teto de 1.400 pesos. O Banco Central poderá intervir para manter a cotação entre as duas bandas.

As pessoas físicas podem, agora, adquirir uma quantidade ilimitada de dólares por meio de operações bancárias, e um máximo de 100 dólares (R$ 584) em espécie. Já as pessoas jurídicas precisam esperar até 2026 para enviar dividendos para o exterior.

"O mercado começou a entender como funciona isso de flutuar", disse o economista Sebastián Menescaldi, diretor associado da consultoria ECO GO. Sobre o impacto da desvalorização do peso nos preços, ele observou que, por enquanto, o aumento "não é tão frenético". "Inicialmente, esperamos que ele seja de entre 4% e 5% de inflação neste mês, e algo semelhante no mês que vem."

O controle da inflação é o principal capital político de Milei, que passará neste ano por seu primeiro teste eleitoral, nas legislativas de outubro. O plano de austeridade rigoroso do presidente, com ajustes drásticos nas aposentadorias, na educação e na saúde, levou a uma queda da inflação de 211% em 2023 (quando o peso foi desvalorizado em 52%) para 118% no ano passado.

A desaceleração do aumento do custo de vida foi interrompida em fevereiro, quando registrou 2,4%, subindo para 3,7% em março.

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