Economia

Hugo Motta responde Haddad sobre IOF: 'Não é sobre quem mora na cobertura'

Câmara aprovou requerimento para acelerar tramitação de proposta; Presidente da casa diz que urgência para sustar decreto do IOF é 'recado claro da sociedade'

Motta respondeu ao ministro da Fazenda sem citar nomes (Bruno Spada/Agência Câmara)

Motta respondeu ao ministro da Fazenda sem citar nomes (Bruno Spada/Agência Câmara)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 17 de junho de 2025 às 07h43.

Última atualização em 17 de junho de 2025 às 07h44.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta segunda-feira, 16, que o requerimento de urgência para um projeto que cancela o decreto do governo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi uma "resposta da sociedade".

Foram 346 votos a favor e 97 contra de um total de 257 mínimos necessários para uma proposta como essa avançar.

"346 votos. Um recado claro da sociedade — a Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto", escreveu, nas redes sociais.

Parlamentares, inclusive da base do governo, têm criticado o pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também contribui para a pressão do Poder Legislativo uma insatisfação com o ritmo na liberação de emendas, entre elas as que são de execução obrigatória.

A urgência acelera a votação do projeto, que agora pode ser pautado direto em plenário, sem passar pelas comissões. Apesar disso, não há previsão de quando o mérito deverá ser votado. Havia uma movimentação de parte da Câmara para que a proposta fosse votada ontem, logo após a aprovação da urgência.

Motta também respondeu, sem citar nomes, um comentário do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O chefe da equipe econômica disse, na semana passada, que propostas como o IOF miram os “moradores de cobertura”, pessoas de alta renda que hoje se beneficiam de isenções no mercado financeiro e em apostas.

"Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio. Não é hora de medir forças. É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável", disse Motta.

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